A roupa dos portugueses precisa de 8.48 biliões de litros de água para ser produzida

Um novo estudo realizado pela Epson a nível europeu revelou a enorme quantidade de água necessária para produzir as roupas que enchem os nossos roupeiros. Em Portugal, a pegada hídrica média de um guarda-roupa está estimada em 817.131 litros, o que equivale a um total de 8,48 biliões de litros de água para produzir um guarda-roupa por cidadão[1].

O estudo, pioneiro no seu domínio, é apresentado pouco antes da Semana da Moda de Lisboa, que se realiza de 6 a 9 de março. Os resultados revelam que são necessários mais de 817.131 litros de água, incluindo a produção, os acabamentos e a tinturaria, para fabricar as peças de vestuário que compõem o guarda-roupa de um consumidor médio portugués..

Os portugueses têm a maior pegada hídrica por pessoa no seu guarda-roupa (817.131 litros), seguidos da Itália (723.744 litros) e da Polónia (715.266 litros). Além disso, os portugueses são os que mais ouviram falar da “pegada hídrica”, com um 59% dos inqueridos; e os mais preocupados com o impacto ambiental das suas roupas, com um 51% dos inqueridos. Tudo mais, os portugueses (58%) são os que lideram o pensamento de que é difícil fazer escolhas “sustentáveis” quando compram roupa.

Entre as peças de vestuário mais poluentes encontram-se os jeans, que consomem até 18 000 litros de água, e os pulôveres, 14 000 litros. O processo de tingimento de um casaco requer normalmente mais de 3.300 litros, quase metade da água total necessária para produzir a peça de vestuário.

Para demonstrar como a inovação pode resolver a questão da pegada hídrica da moda, a Epson colaborou com a PATTERNITY, um estúdio de design líder em sustentabilidade e autoridade em padrões, para criar “Water Silks”, uma coleção de lenços[2] de seda EcoVero™ inspirada nos rios e canais das capitais da moda europeias..

A impressão com impressoras digitais que utilizam tintas pigmentadas, como a inovadora Monna Lisa da Epson, pode reduzir o consumo de água na fase de impressão a cores da produção de vestuário até 97%[3]. Embora a produção de tecidos seja o maior utilizador de água, também são utilizadas quantidades significativas durante o tingimento. “Water Silks” reimagina o Tamisa em Londres, o Sena em Paris, o Navigli em Milão e o Spree em Berlim para nos recordar a relação íntima entre o nosso ambiente e as roupas que vestimos.

Estima-se que a indústria têxtil tradicional seja responsável por cerca de 20% das águas residuais industriais a nível mundial[4]. O sector da indústria da moda em Portugal representa o 18% do total da indústria no país e 9% das suas exportações, e tem um volume de negócios anual de cerca de 7.7 mil milhões de euros[5]. Quanto á fabricação da roupa, Portugal é o quarto mercado europeu mais importante, depois de Itália, Roménia e Polónia.

Maria Eagling, Diretora de Marketing da Epson, comenta: “A moda é uma das indústrias mais influentes e inspiradoras do mundo, mas, como mostra a nossa investigação, também tem um impacto significativo nos recursos do nosso planeta. A nossa coleção 'Water Silks' pretende demonstrar como a criatividade e a sustentabilidade podem andar de mãos dadas sem comprometer a arte ou a qualidade.”

Eagling acrescenta: “Marcas e designers internacionais de luxo, como Richard Quinn e Yuima Nakazato, já adoptaram os métodos de produção têxtil digital mais sustentáveis da Epson. A empresa continua a inovar nesta área com o lançamento da ML-13000 em 2023, concebida para reduzir significativamente o consumo de água. O que torna este produto tão entusiasmante não é apenas a poupança de água, mas também a flexibilidade da impressão têxtil a pedido, que reduz significativamente o desperdício de stock e a gestão de excesso de stock”.

“Com a próxima temporada de semanas de moda no horizonte, vemos uma oportunidade real de promover mudanças significativas em todo o sector. Esperamos inspirar mais marcas a adotar a nossa tecnologia e liderar o caminho para um futuro mais sustentável”, conclui Eagling.

Anna Murray, co-fundadora e diretora criativa da PATTERNITY, acrescenta: “Quase três quartos da superfície da Terra estão cobertos de líquido, um facto que nos fascina desde a nossa criação e que tornou este projeto ainda mais excitante. “Water Silks” presta homenagem aos canais icónicos que definem as capitais europeias da moda, quer se trate da energia da vida londrina nas margens do Tamisa, do simbolismo em espiral do Sena, da vitalidade dos canais de Milão ou da energia enérgica do Spree de Berlim.

Estes designs realçam a ligação entre a vida urbana, os recursos naturais e a moda. Ao utilizar a tecnologia de impressão inovadora da Epson, minimizámos o consumo de água e os resíduos, provando que é possível criar uma moda ousada e expressiva com um impacto ambiental mínimo.”

Murray refere ainda que “à medida que a indústria se debate com questões como a poluição da água, o desperdício e a sobreprodução, esta coleção realça a urgência de repensar a pegada da moda. Esperamos que ela suscite conversas e inspire práticas mais sustentáveis para esta estação outono/inverno”.

A pegada de água mais elevada por indivíduo:

1) Portugal – 817.131 litros

2) Itália – 723.744 litros

3) Polónia – 715.266 litros

4) Alemanha – 696.074 litros

5) Espanha – 678.963 litros

6) Paises Baixos – 640.742 litros

7) Reino Unido – 634.510 litros

8) França – 602.698 litros

Antes da AWS Fashion Weeks, será produzida uma tiragem limitada de “Water Silks” para apresentar a coleção e o potencial de impressão que a Monna Lisa pode oferecer às marcas e designers de moda.

Os lenços “Water Silks” estarão disponíveis por 115€ cada na loja online PATTERNITY. Os lucros reverterão a favor da instituição de caridade Choose Earth.

Pode descarregar o relatório da Epson “Pegada hídrica nos têxteis” aqui.

Sobre o relatório

A investigação foi realizada pela Censuswide, numa amostra de 8.007 inquiridos com 16 anos ou mais no Reino Unido, França, Espanha, Portugal, Alemanha, Itália, Polónia e Países Baixos. Os dados foram recolhidos entre 01.11.2024 e 07.11.2024. A Censuswide respeita e emprega membros da Market Research Society e segue o código de conduta da MRS e os princípios da ESOMAR. A Censuswide é também membro do British Polling Council.

Foi utilizada uma pesquisa de âmbito censitário para determinar o número de peças de vestuário que cada britânico possui, o que nos permitiu calcular as médias. Os dados da Green Story indicaram quantos litros de água cada uma destas peças de vestuário utiliza no processo de produção. Estes dados foram multiplicados para calcular o número de litros de água utilizados para produzir o guarda-roupa de uma pessoa média em Portugal = 817.131 litros. Este valor foi multiplicado pelo número de adultos em Portugal (10.380.000) = 8.48 biliões de litros. Valores calculados a partir da quantidade de água consumida por cada peça de vestuário, multiplicada pelo número médio de peças de vestuário em cada mercado, somada e multiplicada pela população com mais de 16 anos em cada país.

Sobre a Green Story

A Green Story é a principal plataforma de informação sobre sustentabilidade concebida exclusivamente para a indústria da moda. Baseada na excelência dos dados e apoiada por uma equipa de especialistas, a Green Story impulsiona a transformação da sustentabilidade, fornecendo informações precisas sobre a pegada ambiental dos produtos.

Sobre a coleção Water Silks

Thames Dark Waters: O antigo nome celta é “Thamesis”, que significa águas escuras. O desenho vetorial celebra o poder e a forma aérea do rio. Em reverência à água e à vida urbana dinâmica que se encontra em todas as direcções ao longo das suas margens e para além delas.

Sena Source: O seu nome antigo, “Sequana”, significa Deusa da Fonte ou divindade curadora das nascentes. Este desenho presta homenagem à formação dos 20 distritos da cidade, ou Arrondissements, dispostos numa espiral no sentido dos ponteiros do relógio, atravessados pelo rio Sena.

Navigli Ripples: Uma celebração visual do sistema de canais interligados, outrora utilizado para distribuir mármore. O design reflecte os cinco canais da cidade através de cinco camadas fotográficas, que fazem lembrar o mármore cortado, conferindo vitalidade criativa e fluidez a estes rios artificiais.

Spree Stripes: “Sprewa” do antigo celta spreutaną, que significa “brotar”. Este desenho faz referência às formas icónicas e aos ritmos repetitivos que são vistos e sentidos em toda a cidade através das suas indústrias da moda, arquitetura, música e design.

Sobre a impressora Monna Lisa de Epson

Durante mais de 80 anos, a Epson tem estado na vanguarda da inovação na área da impressão. Mais conhecida pelas suas soluções de impressão para casa e escritório, a Epson foi pioneira num processo de refinação de papel e têxteis sem água, conhecido como Tecnologia de Fibra Seca (DFT). Inicialmente utilizada para reciclar papel de escritório, a DFT foi agora adaptada para produzir rolos de tecido não tecido imprimível a partir de peças de vestuário usadas sem necessidade de água.

A tecnologia de fibra seca representa uma inovação e uma grande oportunidade para a indústria da moda, oferecendo um processo de desfibramento sem água que torna a circularidade da moda uma realidade.

A solução da Epson para a tecnologia de impressão têxtil digital, a Monna Lisa, pode reduzir significativamente o consumo de água (até 97%). Também reduz a poluição por corantes e minimiza os resíduos têxteis.

Sobre a Patternity

Inspirar uma vida positiva através da investigação, design e experiência com padrões. PATTERNITY foi co-fundada pela artista Anna Murray e pela designer Grace Winteringham, “pioneiras de culto dos padrões”, que se juntaram com uma missão e um ethos fundamentais: dar aos padrões uma voz poderosa e positiva tanto para as pessoas como para o planeta.

Atualmente, a PATTERNITY está no centro da comunidade criativa internacional e é conhecida pela sua abordagem premiada à investigação, design e experiência de impressão. Colaboraram com marcas e organizações internacionais como a Airbnb, The Barbican, V&A, Penguin, Google e Nike, e são regularmente apresentados em publicações como a Vogue, The New York Times e a revista Wallpaper*.

O processo de design único e festivo de PATTERNITY é inspirado pela omnipresença e interconectividade de padrões na vida, tanto visíveis como invisíveis. Os seus projectos esbatem intencionalmente as fronteiras entre os mundos da ciência e da natureza, da espiritualidade e da sustentabilidade, da arquitetura, da antropologia, da psicologia, da saúde e do design. Os seus designs gráficos arrojados, sustentados por conceitos significativos e histórias subjacentes, tornaram-se extremamente populares em todo o mundo, com gamas de produtos vendidos em grandes museus e retalhistas de luxo independentes em todo o mundo.

Com um número crescente de seguidores online de mais de um milhão de entusiastas da impressão em todo o mundo, a filosofia influente e democrática da PATTERNITY, “encorajando todos a encontrar mais curiosidade e ligação na vida quotidiana”, atraiu entusiastas da impressão de Pequim a Boston e foi citada pelo The Telegraph como um dos “10 blogues de estilo mais influentes do mundo” e votada como Best in Show nos prestigiados Wallpaper* Design Awards.

A visão única da PATTERNITY sobre o poder da impressão para mudar positivamente o mundo à nossa volta tornou-a na autoridade de referência sobre a impressão e a vida positiva nos dias de hoje.

WWW.PATTERNITY.ORG

Sobre a Epson

A Epson é um líder tecnológico global cuja filosofia de inovação eficiente, compacta e precisa melhora a qualidade de vida das pessoas e ajuda a criar um mundo melhor. A empresa centra-se na resolução de problemas sociais através da inovação na impressão doméstica e de escritório, na impressão comercial e industrial, bem como no fabrico, na comunicação visual e no estilo de vida.

O objetivo da Epson é ter uma pegada de carbono negativa e estar livre de recursos subterrâneos esgotáveis - como o petróleo e o metal - até 2050.

Liderado pela Seiko Epson Corporation, com sede no Japão, o Grupo Epson gera vendas anuais a nível mundial de cerca de 8 mil milhões de euros (1 bilião de ienes).

Mais informação em www.epson.pt  

Visão Ambiental 2050

http://eco.epson.com/

Para mais informação aos meios:

EPSON

Raúl Sanahuja - raul.sanahuja@epson.eu

ATREVIA

Andreia Ramos – aramos@atrevia.com