TEXIA APOSTA NUMA MODA SUSTENTÁVEL, COM A MONNA LISA DA EPSON

A empresa especializada em estampagem e acabamento de tecidos para o setor da moda está em processo de transformação digital, aliada com a Epson, para alcançar processos produtivos mais responsáveis para com o meio ambiente e sustentáveis para o planeta.

Texia Finishing é uma fábrica de acabamento têxtil localizada em Monistrol de Montserrat, Barcelona. Uma empresa pioneira que, há 25 anos, deu um grande salto ao oferecer produtos têxteis sem costura. O seu principal objetivo é continuar a oferecer rapidez e qualidade para crescer ainda mais no setor, mas diferenciando-se pela sua clara aposta na sustentabilidade aplicada à impressão digital têxtil.

A transformação sustentável do setor da moda é uma realidade que se faz acompanhar da necessidade de uma transição para a produção digital. A Texia confirmou há dois anos o seu firme compromisso com a sustentabilidade ao ter investido em tecnologia digital, coincidindo com o surgimento da tecnologia de impressão de pigmentos. Essa mudança para o digital foi realizada com a intenção de estabelecer processos mais limpos e ecologicamente corretos que, por sua vez, poupariam nos custos. Uma das principais razões para esta poupança é a ausência de cilindros para fazer os padrões de tecido, que são muito caros, e essa mesma ausência também permite uma otimização significativa do espaço de armazenamento desses componentes.

A impressão digital também significa ser sustentável. Para Marcos Guasch, CEO da Texia, “É importante destacar que, na impressão digital, toda a cor é depositada diretamente no tecido, algo fundamental para reduzir o impacto ambiental, pois não exigirá lavagem nem geração de corantes residuais. Assim, todos os custos associados à purificação da água são evitados e, além disso, a pegada hídrica nos processos de lavagem subsequentes é consideravelmente reduzida. Da mesma forma, com a impressão digital conseguimos produzir tiragens curtas e não acumular stock de tecido. Isso, na estampagem analógica tradicional, com uma prensa rotativa, por exemplo, é impensável, pois obriga a fazer grandes tiragens. E, se falamos de qualidade, é importante destacar que a colorimetria da produção pode ser controlada do início ao fim, pois não há vapor e lavagem final”.

Para alcançar esses resultados, a Texia decidiu incorporar a Monna Lisa da Epson. Após um processo de investigação de alternativas para passar a produção para o digital, analisaram as possibilidades oferecidas pelo mercado de impressão de pigmentos e todas as alternativas disponíveis, da maquinaria às tintas. A qualidade era a chave. Procurou-se uma solução que proporcionasse o máximo brilho nas cores, principalmente nos vermelhos e azuis, bem como uma reprodução correta dos pretos; todos com resistência e durabilidade adequadas. Ana Guasch, diretora industrial da Texia, foi quem participou nesta procura e descreve o momento da tomada de decisão: “Foi então que decidimos pela Monna Lisa da Epson, porque fazia diferença em relação às outras. Além disso, a tecnologia da cabeça que funciona a vácuo e sem calor permite uma produção contínua com o pigmento e facilita o trabalho”.

A Texia encontrou na Epson o parceiro tecnológico ideal, pois de alguma forma está em linha com o próprio espírito inovador da Texia, para trabalhar em novos projetos e inovar em processos. “Queríamos ir além do que atualmente fazemos com estampagem de pigmentos e desenvolver novas aplicações para os nossos próprios produtos, RollDrap e MyDrap. A Epson abriu-nos um campo que nos fascinou e gostámos da ideia de cocriar trabalhando em conjunto nestes desenvolvimentos”, afirma Ana. Esse espírito comum de inovação reside na inovação aberta e na cocriação, que são as bases para o futuro de Texia.

A Texia optou pela tecnologia de impressão digital de pigmentos da Epson porque, ao contrário de outras estampagens digitais, o pigmento requer características especiais ao trabalhar com resinas. A tecnologia da Epson, que funciona a frio, permitiu evitar problemas de reticulação nas cabeças. Além disso, todos os corantes trabalham em vácuo dentro da máquina, o que permite evitar possíveis problemas de saturação dos circuitos.

A Texia decidiu apresentar um projeto para se qualificar para os fundos da Next Generation EU juntamente com a proposta de tecnologia da Epson. A necessidade de financiamento externo das PME e o objetivo destes fundos europeus, ligados à transformação digital e sustentável da indústria, motivaram a Texia a apresentar um projeto que implicava uma transição praticamente total dos seus processos para ambientes de impressão digital. “No nosso caso, considerámos que cumprimos todos os requisitos para nos qualificarmos e, finalmente, fomos o primeiro projeto aprovado na Catalunha com fundos europeus Next Generation. Que o projeto Texia tenha sido aprovado tem muito a ver com o propósito de sustentabilidade por trás dele, o que faz o projeto Epson-Texia fazer sentido porque as pastas pigmentadas aplicadas a partir de estampagem digital são uma técnica inusitada, principalmente na aplicação de emulsões de alta densidade”.

O futuro da Texia está centrado num documento chamado Missão. Visão, valor. A Texia decidiu crescer com base no conceito de sustentabilidade, de modo que qualquer projeto insustentável é totalmente descartado do portfólio de investimentos da empresa. Para a Texia, a sustentabilidade implica em três fatores sempre ancorados no conceito de circularidade e seguindo as diretrizes estabelecidas pela norma ISO 14001:

• Energia verde: energia renovável, a Texia trabalha com energia hídrica; e um processo de produção adequado à sustentabilidade, reduzindo as emissões de CO2.
• Menor impacto: processos com baixo consumo de água e energia, como prioridade absoluta por ser uma indústria intensiva no uso de água; e que o produto final permita a sua recuperação e reciclagem para novos usos, sempre em algodão ou fibras naturais e nunca trabalhando com materiais sintéticos.
• Logística inversa: um produto de uso único pode ser biodegradável e não requer lavagem, mas cria o problema de uso e descarte. Assim, o projeto Texia incorpora a colaboração com outras empresas para gerar processos de logística inversa, o que permite que essa recolha gere novos usos do material, além de trabalhar com embalagens sustentáveis, eliminando plásticos e às vezes até a própria embalagem.

A Texia é a primeira empresa fora da Itália a instalar uma Monna Lisa Evo Tre 32 de 16 canais para produção têxtil digital. A gama de cores desta solução oferece praticamente as mesmas opções da impressão tradicional, com excelente qualidade e precisão e um brilho especial nas cores mais altas. A versatilidade dos 16 canais, somada à capacidade de trabalhar pequenas tiragens e ao excelente desempenho dos pigmentos, faz com que a Texia otimize a produção desta máquina e já esteja a considerar a incorporação de novas unidades.